Por Giovana Vilhena
Como ninguém faz nada em sociedade sozinho, em uma campanha política essa máxima não seria diferente. Nas práticas eleitorais é extremamente necessária a harmonização do trabalho em grupo para se conseguir bons resultados e ser exitoso no pleito.
Sendo a sua equipe mínima ou completa, remunerada ou voluntária, os membros do seu time precisam estar engajados com o que a sua candidatura representa, principalmente em candidaturas progressistas, costumeiramente marcadas pelo aspecto ideológico e identificação. Além disso, faz-se muito necessário que essas pessoas sejam muito bem avaliadas previamente, uma vez que elas nortearão várias tomadas de decisão no decorrer da corrida eleitoral. Com essa relação bem estruturada, parte-se, então, para a definição de cargos, tarefas e relevância de cada posto em uma campanha política.
Incumbido de uma das posições mais relevantes e cruciais no time, o coordenador geral atuará como o gerente de campanha, sendo responsável pela parte tática e operacional. Pela sua alta carga de responsabilidade, costuma ser alguém próximo do candidato e de confiança. Suas atribuições se resumem em tomadas de decisões estratégicas, definição e monitoramento de metas e trabalhos, bem como faz a articulação com os demais integrantes.
Já quando se trata de finanças eleitorais, pensamos no responsável financeiro. Trata-se da pessoa que irá fazer o orçamento da campanha e o acompanhará durante toda a maratona política, além do manuseio e gestão das contas bancárias e propostas de arrecadação de recursos. Também compete a essa função a articulação direta com o jurídico a fim de evitar complicações na prestação de contas com a Justiça Eleitoral.
Com a função de manter tudo em dia com o Poder Judiciário, o responsável pela parte jurídica da campanha é alguém que usualmente é terceirizado e atende a todos os candidatos do partido. É essencial para uma eleição de sucesso, uma vez que cuida também do pós eleições a fim de evitar possíveis impugnações em prestação de contas e violação das normas eleitorais.
Objetivando trazer organização à rotina, o coordenador de agenda é responsável pela definição e agendamento das atividades diárias do candidato e do time. É uma pessoa que se é sugerida a proximidade com o candidato e o coordenador, visto que envolve muita confiança.
Essencial para a política atual, o coordenador de mobilização atua com a motivação e engajamento de redes e comunidades. Somam-se a isso, a difusão da ideia do candidato com outros grupos por meio da promoção de encontros com potenciais eleitores e o cultivo da motivação de quem já está inserido na comunicação da candidatura.
Quanto à parte comunicacional, destacam-se as posições de diretor de criação e videomaker.
Sendo o diretor de criação responsável por entender e repassar a representação do candidato para os eleitores visando a conquista da confiança dos cidadãos. Costuma trabalhar com um tempo curto e por isso, o ideal é que tudo esteja pronto previamente, com conhecimentos em política e no funcionamento de produção de conteúdo. Tem a agenda ocupada, em sua maioria pela comunicação virtual nas redes sociais do candidato. Já o videomaker tem a responsabilidade de capturar momentos registrando materiais úteis para divulgação e pode vir a editá-los também.
Ainda é válido mencionar também a função do candidato durante as eleições que se resumem em estar o maior tempo possível conversando com as pessoas, tendo visibilidade e cultivando suas redes de novos contatos virtual e presencialmente.
Por último, lembremos que mais importante do que o time ideal é o time que nos dá o suporte necessário de forma leal e responsável durante a custosa maratona das campanhas políticas.
Giovana Vilhena estuda Direito na UFF (Universidade Federal Fluminense) e faz parte do Nossa Base, um projeto BaseLab para capacitação de profissionais que atuam em campanhas eleitorais. Ela está disponível para trabalhar em campanhas em todo o país.
Sobre Nossa Base
É a primeira rede brasileira de profissionais eleitorais progressistas espalhados pelo Brasil.