Por Giovana Vilhena

Original do mundo empresarial, a ferramenta gerencial FOFA ou SWOT (em inglês) garante maior assertividade e segurança na tomada de decisão, bem como auxilia no diagnóstico e aprimoramento de estratégias.

No cenário eleitoral, a SWOT vem se tornando cada vez mais popular e intrínseca às campanhas de sucesso. Assim, é essencial que você conheça e aproveite das vantagens de um bom planejamento com esta metodologia.

Dentre os benefícios da SWOT, destacam-se alguns pontos:

– Comunicação ágil e clara da estratégia para o time;

– Facilita a leitura de cenário;

– Explora as soluções viáveis abrindo espaço para a criatividade;

– Método constante e facilmente adaptável;

– Aponta rapidamente os pontos para melhoria e

– Organização simples e facilmente compreensível

Quanto ao seu significado das letras que compõem o nome SWOT temos: S – Strengths (Forças), W – Weaknesses (Fraquezas), O – Opportunities (Oportunidades) e T – Threats (Ameaças)

Com esses quatro componentes se faz possível a criação de uma matriz como a do exemplo abaixo:

Para utilizá-la com mais eficiência em cada campo, algumas orientações podem ajudar.

Fatores internos

Ao listar as suas forças, aspectos como histórico pessoal, popularidade, qualidades e valores, recursos, time competente e histórico de resultado e impacto podem ser levados em consideração. Por outro lado, quando se trata de suas fraquezas, visualize coisas como alguma marca negativa na sua reputação, como baixa popularidade, pouco conhecimento técnico ou adjetivos pejorativos. Serão pontos a serem trabalhados, o que torna importante reconhecê-los.

Fatores externos

As oportunidades e ameaças são identificáveis após uma leitura do cenário político vigente. Votos de protesto, busca por renovação ou exposição midiática da sua candidatura são exemplos de oportunidade. De forma contrária, a decepção da população e rejeição ao partido podem ser entendidos como exemplos de ameaças.

Como objetivo final, deve-se buscar uma interpretação da análise que contribua com a potencialização das forças, a diminuição das fraquezas, o aproveitamento máximo das oportunidades e o afastamento das ameaças. E, em último lugar, é válido lembrar que a SWOT deve ser refeita constantemente de acordo com o fluxo da campanha a fim de diagnosticar as mudanças do cenário político. Para transformar a SWOT em algo ainda mais efetiva, é sugerido o uso de uma matriz de priorização de soluções e estratégias.

Giovana Vilhena estuda Direito na UFF (Universidade Federal Fluminense) e faz parte do Nossa Base, um projeto BaseLab para capacitação de profissionais que atuam em campanhas eleitorais. Ela está disponível para trabalhar em campanhas em todo o país.

Sobre Nossa Base

É a primeira rede brasileira de profissionais eleitorais progressistas espalhados pelo Brasil.