Atualizado: 16 de set. de 2020
Por Thiago Borges
Você já ouviu falar no LinkedIn? Ele nada mais é que uma plataforma para currículos e perfis profissionais que possui diversas ferramentas de interação.
Mas se ele é uma rede focada em oferta de vagas e busca por emprego, por que motivo políticos deveriam estar ali? Pelo simples fato de que uma campanha nada mais é que um processo seletivo. Nada melhor do que usar uma plataforma de apresentação de trabalho para mostrar o trabalho do(a) candidato(a).
O mundo do trabalho e suas angústias, como desemprego, estão ali. Temas como faixas de salário, condições de trabalho, assédio e impacto econômico de medidas governamentais ou do setor privado também estão presentes. Se todos estes temas que impactam a faixa da população economicamente ativa está ali, por que não usar este ambiente para conhecer mais essas dores e dialogar com essas pessoas?
Conheça sete características que podem fazer do LinkedIn um importante espaço para debater com possíveis eleitores, mostrar posicionamento e apresentar propostas.
1) Ambiente
O ambiente de debate no LinkedIn não é “tóxico” e agressivo como nas outras redes. Como os membros podem estar sendo avaliados por recrutadores (afinal, estamos em uma plataforma profissional), os comentários entre as pessoas acabam sendo muito mais respeitosos. Neste ponto, o LinkedIn em nada se assemelha ao Facebook.
2) Algoritmo Aquela eterna briga com os algoritmos pela entrega do seu conteúdo é muito melhor. Ele é distribuído por muito mais tempo e cresce consideravelmente conforme você consegue interações e/ou comentários. Um mesmo tema postado no LinkedIn pode alcançar até três vezes mais usuários que no Facebook ou Instagram.
3) Recursos de rede social
As postagens podem ser comentadas, compartilhadas e ter interações. O tipo de interação permite criar estratégias de resposta personalizada, como enviar uma mensagem privada chamando a outra ação, um cadastro de voluntariado, por exemplo.
4) Enquete Um recurso recente que foi liberado aos usuários é a possibilidade de fazer enquetes em uma postagem. Este recurso permite criar questionários com até quatro alternativas e escolher diferentes tempos para colher respostas. Uma excelente estratégia para conhecer melhor o seu público testando os temas que mais engajam.
5) Conteúdos no perfil Além da estrutura de currículo, onde é possível apresentar a formação e feitos da vida do candidato, a plataforma permite inserir artigos de autoria dele e também links externos como para um site. Quando adicionados com fotos, eles acabam chamando atenção no layout do perfil e se tornam ainda mais atrativos. Participação em projetos e premiações também possuem um espaço para serem apresentados. Há também a possibilidade de se publicar um cabeçalho temático para o perfil, personalizando-o ainda mais.
6) Filtros de busca Um grande trunfo para campanhas é ter um público qualificado, que tenha afinidade com as bandeiras do(a) candidato(a). O LinkedIn possui mecanismos de busca com muitos tipos de filtro, permitindo chegar a grupos muito específicos. É possível encontrar e adicionar empregados de uma única empresa, de um setor, cidade ou até buscá-los por um tema, sem que trabalhem em um local específico.
7) Horário Ao contrário das outras redes, que possuem um imediatismo eminente, exigindo muitas vezes plantões das equipes de conteúdo, o LinkedIn permite um certo “atraso”. Poderia dizer que é uma rede que funciona melhor se segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Pela manhã a plataforma tem mais acessos e no início da semana também.
O LinkedIn, no entanto, não é apenas vantagens. Importante frisar duas características da rede que podem ser um pouco limitantes dependendo do perfil que se deseja alcançar. A rede não é tão popular, afinal, não é uma rede social, é uma plataforma de emprego e currículos. Além disso é mais utilizada por algumas categorias profissionais. Setores administrativos, de tecnologia e profissionais liberais são os campeões na rede. Se eles são o seu público, aproveite!
Costumo dizer que hoje o LinkedIn funciona como aquela panfletagem na porta das fábricas que existiam antigamente. Nos dias atuais, porém, o trabalho mudou, se tornou mais digital, com empresas menores e em tempos de pandemia, com muitos trabalhadores em regime de home-office. Dependendo do perfil econômico da cidade, como aquelas mais focadas em serviços, o uso do LinkedIn pode ser uma excelente forma de vitrine e abordagem com o eleitor.
Thiago Borges faz parte da Nossa Base, um projeto BaseLab para capacitação de profissionais que atuam em campanhas eleitorais, e está apto a atender clientes em Florianópolis (SC) e região metropolitana.
Sobre Nossa Base É a primeira rede brasileira de profissionais eleitorais progressistas espalhados pelo Brasil.