Por Lucas Prates
O período eleitoral transforma a vida na cidade. Chega o tempo das promessas, das mobilizações e das articulações políticas. A estética da cidade muda, os muros tomam cores, os citadinos passam a discutir ativamente por que e qual candidato votar.
Portanto, o período de campanha eleitoral é o período que a cidade se abre para a mudança. Para estar bem preparado para esse período, nada melhor que um bom plano de governo para comunicar-se com os munícipes!
O plano de governo é elo entre o candidato político e a cidade. Um candidato com um bom plano de governo, seja ele para o legislativo ou executivo, consegue comunicar com clareza quais são as diretrizes que pretende traçar para a cidade nos próximos quatro anos, caso seja eleito.
Para tanto, elencamos algumas sugestões para elaborar um bom plano de governo para sua campanha.
– Diagnóstico: Um bom diagnóstico deve considerar a realidade do município como um todo, considerando indicadores e o dia a dia do município. Os dados podem ser levantados a partir de fontes públicas e, geralmente, estão disponíveis em sítios governamentais ou organizações da sociedade civil. Conversas com lideranças e atores locais também permite compreender como as políticas setoriais estão se desenvolvendo.
Após o levantamento dessas informações, o candidato deverá selecionar áreas prioritárias ou aquelas que melhor correspondem às suas bandeiras.
– Delimitando as soluções: Após o diagnóstico e a seleção dos pontos críticos, é o momento de encontrar soluções para os problemas levantados. Boas práticas e casos de referência em políticas públicas são bem-vindas nesse momento, se consideradas as particularidades e o contexto da cidade do candidato.
– Sistematizar o plano de governo: Após o levantamento da realidade do município e as possíveis soluções para a realidade encontrada, é o momento de apresentá-lo em forma de documento.
Lembre-se que, como um instrumento de comunicação com seus eleitores, um bom plano de governo deve ter:
– Clareza e Objetividade: o plano de governo do candidato deve ser claro, para qualquer munícipe compreenda as propostas elencadas; deve também ser objetivo, apresentando o propósito daquelas propostas para o desenvolvimento da cidade. – Nem muito curto, nem muito longo: Um plano de governo não deve ser apresentado à população de maneira superficial, sem aprofundamento e explicações das propostas escolhidas pelo candidato; e nem muito longo, com um aprofundamento demasiado das propostas, tornando-se extenso demais para ser lido. Finalizado o documento, é importante compreender que o plano de governo é um instrumento importante na gestão da campanha e, portanto, poderá ser usado em uma estratégia de comunicação multiredes, no planejamento estratégico da campanha, na mobilização de voluntários, entre outras áreas da campanha.
Por fim, um plano de governo é um elo entre o candidato e a cidade e, dessa maneira, não deve esgotar-se no período eleitoral. Um bom plano de governo pode e deve contribuir para a construção de um projeto para o campo progressista nas cidades brasileiras.
Lucas Prates faz parte do projeto Nossa Base, um projeto BaseLab para capacitação de profissionais que atuam em campanhas eleitorais, e está apto a atender clientes na capital paulista e em Minas Gerais.
Sobre Nossa Base É a primeira rede brasileira de profissionais eleitorais progressistas espalhados pelo Brasil.